O Livro É | Caçador em Fuga

Ramón Espejo, protagonista do ótimo livro Caçador em Fuga, é um cabrón durão. Não leva desaforos pra casa de nenhum tipo. Escroto, violento, machista, boca suja, bronco, encrenqueiro, beberrão, mentiroso; tudo de ruim que um homem pode ter ou ser, Ramón Espejo tem e é.

Talvez por isso mesmo esse cabrón seja um personagem tão fascinante dentro do gênero de Sci-Fi. Ramón Espejo é humano, demasiado humano para não reconhecermos nele aspectos tão inerentes a muitos outros seres humanos reais que conhecemos.

Caçador em Fuga é uma obra escrita por seis mãos. Começou 3 décadas atrás com Gardener Dozois, ganhador de mais de 15 Hugo Awards, depois o texto ficou engavetado e o atualmente aclamadíssimo George R. R. Martin o trouxe à luz novamente, lapidou ecossistemas, criaturas e ambientes do planeta colonial São Paulo.

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Mas coube o desfecho a Daniel Abraham que guiou Ramón Espejo por florestas, rios, planície e montanhas numa narrativa tensa e imersiva.

Por mais escroto que Ramón Espejo seja como ser humano, os apertos que esse mexicano – que veio ainda muito jovem da Terra para o planeta-Colônia São Paulo – passa são um convite para conhecermos de perto esse personagem tão repulsivo e ao mesmo tempo tão instigante.

Caçador em Fuga | Uma jornada humana em um mundo estranho

Acredito que toda boa Sci-Fi precise nos tragar para dentro dela e, mesmo no universo inventado pelos autores, nos dar substâncias concretas para que aquelas “mentiras” sejam críveis, convincentes e suficientemente fantásticas para que, mesmo na semelhança com algo real, nos mantenha dentro do mundo fantasioso. Caçador em Fuga nos dá isso dentro do acordo tácito que há entre obra, autor e leitor.

Tudo começa quando Ramón Espejo, um minerador, desperta de um estranho apagão. Ao seu redor tudo está negro, Ramón até acredita que possa estar no Inferno, já que sua conduta nada invejável lhe garantiria isso facilmente.

Caçador em FugaCom movimentos restritos, sem que seus sentidos possam lhe dizer algo com precisão, o pânico toma conta do minerador. Ele não sabe se está caindo, se está mergulhado em um oceano negro, se está realmente vivo ou morto.

Um grande fluxo de consciência permeiam a mente e os pensamentos de Espejo nessa densa escuridão, e esse fluxo de consciência do personagem irá permear  obra do começo ao fim, dando ao leitor duas jornadas: uma física, violenta, dolorida, cheia de embates; a outra mental, no consciente, nas lembranças e na construção do indivíduo pela memória…

Antes de se libertar da escuridão ao redor de Ramón Espejo somos levados para o que houve antes disso…

Envolto por uma pequena roda de pessoas, Ramón Espejo encarava um europeu alto, olhos e pele claros, muito falastrão. Os dois homens estavam cercados por uma pequena roda de outros homens que os incitavam à briga.

Sob efeito do álcool e da empolgação, não tardou para a briga terminar mal quando Ramón Espejo ejetou da manga da camisa sua faca de gravidade e rapidamente perfurou o abdômen do europeu.

Acabou tão rápido quanto começou e Espejo, passados os efeitos da bebida, dos incentivos da plateia e da adrenalina, percebeu o erro cometido.

Uma boa surra, pensou o minerador, teria bastado, mas cometer burrices e excessos tinha sido a tônica da vida desse homem que só conhecia a violência como forma de defesa. Precisava arrumar suas coisas e ir para bem longe até que o crime fosse esquecido.

Mas antes o minerador mexicano precisaria ir à casa de Elena, sua “namorada, ou algo assim,  pois nem Ramón e nem Elena definem corretamente o que há entre ambos, já que o relacionamento entre eles é extremamente violento e problemático.

Na casa de Elena, Ramón explica para a moça brevemente a situação, pega suas coisas e se preparara para partir até que as coisas esfriem, a ocasião ao menos fará com que Ramón pegue seu furgão aéreo e vá procurar fontes de mineração nas distantes terras de Sierra Huesso ou Sierra Dentada.

Uns três meses quem sabe sejam suficientes, pensa o mexicano. E assim ele parte, para o meio do nada em busca de coisa alguma além do silêncio e do esquecimento do crime que cometeu. Mas o que ele encontra por lá é muito, muito pior.

No meio da floresta fechada procurando por locais propícios para minerar, Ramón se depara com um estranho paredão, algo quase como uma ilusão de ótica, tudo muito estranho, mas não o suficiente para afastar o minerador que prepara umas cargas explosivas naquela parede. Poderia ser algum tipo de mineral raro, pesa o mexicano…

E esse foi seu grande erro. No interior da montanha, por trás das rochas se esconde uma fortaleza e dentro dela seus estranhos habitantes consideram Ramón Espejo, seu furgão e suas cargas explosivas uma grave ameaça a ser retaliada.

Com extrema eficiência Ramón se vê perseguido e violentamente atacado; a última visão que tem é a de seu furgão explodindo. E então desperta novamente, sem saber exatamente quanto tempo se passou, submerso na escuridão sem saber se está caindo ou se afogando…

Caçador em Fuga | Inimigo Meu

Aqui o leitor mergulha com o protagonista num verdadeiro pesadelo de medo, dúvidas e incompreensão ao se deparar com os seus carcereiros: uma raça alienígena completamente estranha e extremamente lógica em seu modo de agir e pensar.

Caçador em Fuga
Capa de Shadow Twin, novela original que serviu de base para Caçador em Fuga (Hunter’s Run, no original)

Apesar de conhecer a raça dos Enye de Prata, os Turu ou dos Ciam que auxiliaram os seres humanos a ganhar as estrelas, os novos seres diante de Ramón queriam algo específico dele e só dele.

Ramón precisaria caçar outro ser humana que também conhece a localização da montanha que serve como morada para a misteriosa raça que pretende a todo custo permanecer assim.

Confuso e com lembranças indo e vindo da mente o tempo todo, Ramón começa a pensar em como sair disso tudo e quem sabe, até mesmo o humano que precisa encontrar possa ajudá-lo.

Com sua malícia de sempre, Ramón acredita que pode ludibriar seus captores durante a caçada que se aproxima e fugir.

Designado para acompanhar Espejo está o alienígena Maneck.

Grande e corpulento, com a cabeça cheia de estranhas cerdas ou penas, o corpo grosso como um barril cheio de manchas e membros de articulações estranhas, Maneck estará lado a lado de Ramón na caçada para supervisionar o trabalho de seu prisioneiro.

Caçador e Fuga | Maneck, o tatecreude e o aubre de Ramón

Dono de uma lógica, de uma percepção de mundo e de uma cultura extremamente objetiva, Maneck explica qual a missão de Ramón e os motivos dele estar nela. Bem como as consequências de sua eventual falha em executá-la.

Impecavelmente lógico, Maneck é um show a parte dentro do livro, sua presença, suas ações e a maneira como Ramón reage ao alienígena guiam uma boa parte da obra e nos convidam a um confronto mental e psicológico enorme entre os dois. É a dinâmica e conflitos entre os dois personagens que sustentam mais da metade da obra.

Há momentos em que é extremamente fácil sorrir a cada vez que Maneck, fria a calculadamente, “repreende” alguma atitude violenta ou equivocada de Espejo através do sahael, um “dispositivo” vivo que se conecta ao braço de Maneck em uma extremidade e, na outra, se conecta bem na base da nuca de Ramón…

Capaz de compartilhar com o alienígenas o fluxo de pensamento do humano, o sahael também é capaz de infringir uma dor lancinante no humano e com isso Maneck o mantém, literalmente, em rédea curta, já que o sahael se alonga bem pouco, mantendo sempre os dois caçadores a pouca distância um do outro.

E assim começa a jornada floresta adentro para caçar um humano bem mais difícil de se encontrar do que Ramón e Maneck presumiram.

Tatecreude e Aubre

A raça de Maneck age segundo alguns princípios bem simples, simples porém extremamente eficientes. Dois deles ganham destaque na obra e são fundamentais para a condução de Espejo em sua tarefa.

O tatecreude é a tarefa em si, um tipo de desígnio a ser atingido não importa os obstáculos, no caso o tatecreude de Ramón Espejo é sua caçada ao outro humano que descobre a existência do alienígenas, caso falhe em executar satisfatoriamente seu tatecreude, então sua existência não tem sentido, já que caçar o outro humano é o próprio motivo de existir.

Ao evitar seu tatecreude – que é seu desígnio e motivo de existir – Ramón incorreria em aubre, uma contradição extrema em que o indivíduo vai em direção contrária ao que deve realizar e isso, para o povo de Maneck não tem nenhum sentido.

Essa dualidade é fundamental para a evolução de Ramón e sua relação com Maneck, dando dinamicidade aos conflitos entre os dois personagens e em sua relação com o humano caçado por eles.

Caçador em Fuga | Alegoria e metáfora sobre identidade, memória e consciência

A despeito de todos os defeitos de Ramón como ser humano, o personagem é fascinante como um todo. Rebelde, mal educado, encrenqueiro, valentão, boca suja… Mas Ramón acaba por se tornar uma síntese do humano na jornada empreendida no livro.

Órfão desde muito cedo, Ramón cresceu nas ruas, se juntou a uma gangue de adolescentes para cometer pequenos furtos e conseguir proteção, na idade adulta se meteu em pequenos bicos até ir para nas minas e aprender seu ofício e muitas outras coisas.

Com a chegada dos Enye de Prata que levaram muitos humanos para explorar outros mundos pelas estrelas, Ramón e muitos de seus amigos mineradores partiram sem pestanejar e deixaram para trás a Terra e o quase nada que lá tinham.

Assim se construiu o personagem vítima da sociedade, menino órfão, criado no meio da marginalidade, violência, drogas e roubo. Virou homem cuja principal arma era estar de guarda erguida e punhos em riste, olhar ferino, língua afiada e sempre pronto a entrar numa briga para provar sua virilidade e seus pontos de vista.

Demonstrar qualquer fraqueza no seu mundo era ser vítima e um alvo, era convidar as feras para se banquetear com sua carne. Estar pronto para uma luta, de qualquer tipo, se tornou sua única arma, sua única defesa. A violência é o único mecanismo de defesa que o minerador conhece e o uso até mesmo quando desnecessário…

Não houve oportunidades para ser diferente no mundo em que nasceu e cresceu e não me refiro ao mundo conhecido como Terra, mas sim ao mundo sociocultural dos excluídos, dos que vivem nas margens da sociedade. E Ramón é um personagem que não só vive nas margens da sociedade, Ramón Espejo vive nas margens de sua própria espécie.

Durante toda a leitura da obra é comum nos vermos oscilando entre admiração e repulsa para com Espejo e seus atos e decisões. Mas chega um ponto na narrativa que o fluxo de consciência do personagem se torna tão intenso e bem construído que passamos a torcer por ele e pelo êxito de sua empreitada, seja na caça ao outro humano ou seja nas tentativas de fugir do alienígena Maneck.

Caçador em FugaA luta solitária de Ramón se torna a luta de toda a nossa espécie contra um mundo e um planeta que não nos querem por lá, onde cada planta, riacho ou criatura pode ser uma ameaça fatal para nossa sobrevivência.

Cada plano construído, cada memória revivida, cada decisão tomada faz Ramón construir uma nova percepção de si mesmo à luz de fatos passados e nos planos que o humano constrói para si caso consiga sair da maior de todas as enrascadas que entrou. E Ramón se amaldiçoa por ter tomado a decisão de ir para tão longe…

O sucesso ou o fracasso de Ramón Espejo em seu tatecreude pode ser o sucesso ou o fracasso de todos nós.

Constantemente na obra somos impelidos a perceber que a caçada de Ramón ao lado de Maneck é um verdadeira luta entre razão e instinto, intelecto e força, tecnologia e natureza. Ora estamos satisfeitos com o modo como Maneck pune Ramón por seus erros e impulsos, ora torcemos para Ramón superar de algum modo o alienígena e sua frieza calculista e metódica.

Justamente através desses inúmeros conflitos entre Ramón e Maneck, entre Ramón e a floresta e entre Ramón e tudo que existe é que se dá a compreensão maior do personagem e de sua história para além da aventura.

As armadilhas da floresta e da memória, os passos a dar adiante para chegar em casa, os planos para o futuro caso sobreviva, tudo na jornada de Ramón ecoa construção e reconstrução constante o indivíduo.

Como alegoria ou metáfora, Caçador em Fuga é um grande história sobre identidade, memória e violência revestida com a cobertura elegante de uma Sci-Fi de ação. O trabalho realizado por seis mãos pode, em alguns casos, trazer certo estranhamento de ritmo para alguns leitores, é notório que há momentos de grande tensão ou de correria frenética alternando com longos momentos de reflexão por parte de Ramón e embates de ordem psicológica do personagem consigo mesmo e com o alienígena Maneck.

Mas acredito eu que essa dança em diferentes ritmos dá toda a tônica da atmosfera da obra, nos lembrando sempre que estamos num embate de frente dupla: corpo contra mente, eu contra o outro, homem contra natureza, humano contra alienígena.

Durante as quatro partes do livro é perceptível a mudança desses ritmo ao longo dessas partes, fato que se deve aos três autores agindo em momentos diferentes da obra para dar suas contribuições.

Apesar dessa perceptível variação, particularmente mergulhei sem problemas na narrativa, pois acredito que a variação entre a ação proposta pelo termo “caçador” e os fluxos de consciência e reflexão do protagonista são uma dicotomia fundamental para o funcionamento do que se propuseram os narradores.

Para além da ação da caçada, o livro trás o foco da boa Sci-Fi em desnudar o aspecto humano dentro de uma aventura e da nossa percepção diante do outro, seja esse outro uma cultura inteira ou um indivíduo que é tão diferente e distinto de nós que endossa com toda propriedade a ideia do antagonista, do alienígena/alienado, aquele que é tão diferente de nós que é outro em toda a acepção do termo.

Durante a leitura foi constante a memória que tenho do filme Inimigo Meu, cuja tônica e dinâmica me fizeram recordar a dualidade entre o humano e o alienígena em confronto, mas que também estão em comunhão e nesse processo se revelam de maneiras inusitadas um ao outro a ponto de se criar um elo quase indissolúvel entre as duas identidades rivais.

Caçador em FugaNo caso de Ramón Espejo e Maneck o elo realmente existe na narrativa e se dá intensamente através do sahael, que além da ligação física, liga a percepção sensorial, os pensamentos e em dado momento os sonhos dos dois personagens criando entre eles uma certa cumplicidade e entendimento. Sendo este compartilhamento de sonhos uma das passagens mais singelas e simbólicas da obra quando homem e alienígena compartilham a origem da estranha raça e os motivos de se ocultarem com tanto afinco.

Em suas quatro partes bem delimitadas e definidas, Caçador em Fuga é um convite para um mundo novo e perigoso, na virada da primeira metade do livro para a segunda, o leitor tem grandes surpresas e reviravoltas para Ramón Espejo, Maneck e o humano caçado.

O rico embate continua em outras esferas, mas deixo aqui o convite para o leitor fazer a viagem por conta própria porque a partir da terceira parte qualquer comentário é uma grande possibilidade de spoiler.

Recomendo a obra muitíssimo. Coeso em si mesmo, Caçador em Fuga é um livro curto (exatas 300 páginas), com uma história instigante, um protagonista realmente interessante e que tem, por assim dizer, uma jornada do herói às avessas, saindo da escrotice para a redenção de formas e modos inusitados.

A pluralidade de estilos narrativos e o mundo criado e desenvolvido pelos três autores é bonito, perigoso e criativo, uma ótima oportunidade para aqueles que querem algo ágil e ao mesmo tempo inteligente e fechado em si mesmo.

Caçador em Fuga pode não ser um grande clássico da Sci-Fi, nem precisa, pois cumpre a contento o objetivo de ser uma ótima história e, mesmo que nunca chegue a integrar as listas de “fundamentais da Sci-Fi”, o livro integra a lista das leituras inteligentes, divertidas e que trazem conteúdo instigante e com muitos convites à reflexões socioculturais embaladas na boa e velha Ficção Científica.

Boa leitura. Boa caçada.

Caçador em Fuga | Sobre os autores

GEORGE R.R. MARTIN nasceu em 1948 em Nova Jersey e é formado em jornalismo pela Northwestern University, em Chicago. Publicou sua primeira história de ficção científica, The Hero, em 1971, e logo se firmou como escritor de rara qualidade, ganhando três Hugo Awards, dois Nebula Awards e o prêmio Bram Stoker.

Passou dez anos em Hollywood como roteirista e editor de histórias nos seriados de TV The Twilight Zone (no Brasil, Além da Imaginação) e Beauty and the Beast – neste último como roteirista e produtor. Depois, iniciou sua série fantástica “As Crônicas de Gelo e Fogo”, que deu origem ao sucesso da HBO – Game of Thrones. A série conta até agora com os títulos A guerra dos tronos, A fúria dos reis, A tormenta de espadas, O festim dos corvos e A dança dos dragões, todos publicados pela LeYa.

GARDNER DOZOIS é um autor e editor altamente admirado e ganhador do Hugo Awards em algumas antologias de ficção científica. Foi editor da revista Asimov’s Science Fiction por vinte anos. Divide com George R.R. Martin a edição da coletânea Mulheres perigosas.

DANIEL ABRAHAM é ganhador do International Horror Guild Award e já foi indicado para o Nebula Award. Abraham é coautor da saga Leviatã Desperta.

Caçador em Fuga | Sinopse

Ao despertar num lugar escuro, Ramón Espejo não se lembra de como foi parar ali. Logo ele descobre que é refém de uma raça alienígena e que, para recuperar sua liberdade, será forçado a ajudá-los a encontrar outro humano como ele ? um fugitivo.

Quando a caçada começa, no entanto, Ramón recupera algumas lembranças: a miséria e as péssimas condições de trabalho e de vida no México; a decisão de deixar a Terra e explorar um novo planeta-colônia, São Paulo; o sonho de encontrar metais valiosos e enriquecer; o desejo de uma nova chance. Agora, envolvido numa estranha perseguição nesse mundo hostil e imprevisível, Ramón precisa encontrar uma maneira de escapar de seus captores… e depois, de alguma forma, sobreviver.

No entanto, à medida que suas memórias se fortalecem, Ramón descobre que seu pior inimigo pode ser ele mesmo. Caçador em fuga, publicação que faz parte do selo LeYa/Omelete, é uma história criada a seis mãos que levou quase trinta anos para ser escrita.

O resultado é uma aventura de ficção científica que cria mundos e espécies diferentes com detalhes fascinantes, analisando a humanidade em seus piores e melhores momentos por meio de um personagem politicamente incorreto, atrapalhado e carismático.

Caçador em Fuga | Ficha Técnica

  • ISBN: 978-85-441-0521-4
  • FORMATO: 16 x 23 cm
  • PÁGINAS: 304
  • GÊNERO: ficção científica
  • PREÇO: R$ 44,90
  • ISBN E-BOOK: 978-85-441-
  • PREÇO E-BOOK: R$ 30,99
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Caçador em Fuga

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    PREMISSA - 100%
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    DESENVOLVIMENTO - 100%
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    PERSONAGENS - 100%
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    CONTEXTUALIZAÇÃO - 100%
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    PROCESSO NARRATIVO/ NARRATIVIDADE - 100%
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    CONCLUSÃO/ DESFECHO - 100%
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Sobre o Autor

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Designer de produtos e gráfico, mestre em comunicação, professor.

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