Resenha | A canção do sangue – A Sombra do Corvo, volume 1

Vaelin Al Sorna, filho do senhor da batalha, irmão da sexta ordem, espada do reino, melhor guerreiro do reino unificado, peça central de uma intrincada trama envolvendo as seis ordens que defendem a Fé, sua própria história e dos que o cercam no fabuloso livro A canção do sangue – A Sombra do Corvo Vol 1.

Ainda em tenra infância Vaelin Al Sorna foi levado por seu pai, Kralyk Al Sorna na ocasião ainda Senhor da Batalha do Rei Janus, para se tornar irmão da Sexta Ordem, ser exaustivamente treinado tanto no corpo quanto na mente para ser um grande guerreiro a serviço da Fé praticada e protegida pelo Reino Unificado.

Sem entender os reais motivos de sua entrega à Sexta Ordem, Vaelin passou anos de sua vida se indagando a respeito das motivações que levaram seu pai até o portão no qual o Aspecto da ordem, um homem alto, magro e de fisionomia taciturna os recebeu tão pouco tempo após a morte da mãe do garoto.

capa do livro A canção do sangueO episódio marcou Vaelin por toda sua vida, marcou seu caminho, as decisões que tomou ao longo de sua jornada, uma vida de batalhas, mortes, intrigas, dúvidas, perdas e muitas cicatrizes, tanto no corpo quanto na mente do jovem guerreiro.

Um caminho que o levou até o outro lado do oceano para combater em uma guerra sem propósito no império alpirano, onde ficou estigmatizado como “O Matador do Esperança”, crime que o levou para as masmorras do imperador deste reino.

E é assim que magistralmente Anthony Ryan começa a nos contar a épica jornada de seu protagonista: aproximadamente 5 anos depois da guerra alpirana, Vaelin Al Sorna encontra-se com Verniers Alishe Someren, um grande e famoso escriba, cronista e historiador do reino alpirano.

Ambos empreenderão uma jornada até as ilhas meldeneanas para um desafio, talvez o último de Vaelin com sua espada.

Face a face, guerreiro e escritor trocam olhares e algumas amenidades, mas é clara a repulsa e aversão do alpirano pelo “Matador do Esperança”.

Mas com a repulsa vem também uma grande curiosidade e a oportunidade de conhecer a história pelo ponto de vista do maior guerreiro do reino unificado, ao menos enquanto durasse aquela viagem pelos mares.

Vernieres estava disposto a suportar a presença de um selvagem nortista para conseguir informações e um relato privilegiado dos motivos que levaram o Rei Janus a se lançar numa guerra insana do outro lado do mar erineano. Talvez Vaelin Al Sorna tenha muito a dizer sobre isso…

A canção do sangue | Dos portões da Sexta Ordem para o mundo

A história que Anthony Ryan magistralmente nos conta neste A Canção de Sangue é sem sombra de dúvidas um grande épico, desde os primeiros passos do protagonista até seus momentos de glória duvidosa, perdas imensuráveis, belos sacrifícios, questionamentos constantes sobre seu papel em cada passo que precisa dar em nome da Fé até batalhas que o alçaram ao posto de lenda vida do reino unificado, mesmo que em muitas delas Vaelin sequer quisesse realmente desembainhar sua espada.

Mas só um bom personagem — e Vaelin Al Sorna é um excelente personagem, diga-se — e suas idiossincrasias não são suficientes para erguer um épico e, para tanto, Ryan dá para seu protagonista um mundo riquíssimo em conceitos, cidades, personagens, costumes e motivações para funcionarem todos independentes da existência de Vaelin e do que ele acha de tudo isso.

Mesmo não aprofundando muito certos desses ricos conceitos que apresenta, Ryan nos dá vislumbres de possibilidades e o que falta ser explorada pode muito bem ser entendido como de desconhecimento por parte do protagonista e daqueles por perto.

Mas tudo que é apresentado funciona bem, até mesmo quando algo aqui e ali não é exaustivamente aprofundado. É preciso que nós, leitores, lembremos sempre que esta crônica é toda feita pela percepção de Vaelin Al Sorna na ocasião de sua visão cronológica, então obviamente há coisas que uma criança ou um adolescente não saberiam ou não teriam conhecimento para tanto.

Composto pelos reinos de Cumbrael, Asrael, Renfael, Nilsael, Confins do Norte e Domínio dos Lonaks (estes dois últimos mais uma convenção do que uma parte realmente integrante do Reino), o Reino Unificado vive uma paz imposta pelas vitórias das forças do Rei Janus Al Nieren e de seus ideias de unificação herdados de seus antecessores no trono sobre os demais povos.

Resenha | A canção do sangue – “A Sombra do Corvo”, volume 1
Mapa do Reino Unificado

Apesar dessa frágil paz, o Reino Unificado é forte e coeso na medida do possível e mesmo os quatro principais reinos sendo tão diferentes entre si, eles coexistem de forma pacífica e o comércio, por exemplo, anda em diversas direções (o aço renfaelino é sempre muito elogiado e o vinho cumbraelino tem safras deliciosas), mesmo que a mão de ferro do rei tenha de apertar gargantas aqui e ali.

Para manter essa coesão, os Rei Janus conta, além das forças e tropas reais, com as Seis Ordens da Fé, cada uma comandada por homens ou mulheres responsáveis por cada um dos principais aspectos da Fé, não por acaso a esses líderes das ordens dá-se o nome de Aspectos.

Dentre essas seis ordens se destacam neste livro, sobretudo, a quarta, a quinta e a sexta ordem (as mais detalhadas e citadas no livro em vários capítulos); respectivamente a ordem que caça os hereges e os que se afastam da Fé, a ordem que cura as doenças e males do corpo e a ordem que combate nas guerras onde a Fé precisa ser levada ou defendida.

A (em maiúsculo) que o Rei Janus segue foi levada à duras penas para os povos do Reino Unificado, é uma crença que acredita no mundo dos Finados, sem deuses, sem livros guia, sem figuras messiânicas, sem totens, santos ou profetas.

A Fé não tolera os hereges que são comumente chamados de “negadores“, alguns deles são até mesmo praticantes e estudiosos das Trevas, uma forma obscura e misteriosa de magia. Nenhum “negador” é tolerado, as Trevas não devem tocar você, você não deve tocar as Trevas…

E assim Vaelin Al Sorna é levada por seu pai, apenas com 10 anos de idade, para ser treinado nas artes de combate pela Sexta Ordem. A simbólica e melancólica passagem está lindamente representada na capa do livro pelo ilustrador Marc Simonetti com perfeição. O momento marca o começo da épica jornada de Vaelin e da construção da lenda que o próprio garoto sequer sonhava nesse momento.

Ao longo dos anos Vaelin foi treinado, testado, espancado, ferido, humilhado e endurecido, como se endurece o aço para uma boa espada. A frieza de seus mestres — em especial a do mestre espadachim Sollis —, e os rigores das lições da Sexta Ordem endureceram o corpo, a mente e a alma de Vaelin, mas nada disso apagou de seu íntimo um senso de justiça, de ética e de respeito por aqueles que não são seus verdadeiros inimigos.

Trilogia “A Sombra do Corvo”

Apesar de ser um guerreiro quase perfeito e um exímio matador, Vaelin Al Sorna é um guerreiro atormentado, em dúvida constante mesmo dentro de sua determinação em defender a Fé. Questionador, Al Sorna é um personagem ocupando aquela área cinzenta entre a obrigação de seu ofício e o que seu íntimo lhe diz ser o certo.

Prático como guerreiro, Vaelin é também um homem de princípios e temeroso. Desse modo Ryan nos entrega um personagem multifacetado, moldado pelos rigores de seu treinamento, por sua aptidão inata para lutar, mas acima de tudo, por ser um homem em conflito consigo mesmo e com aqueles ao seu redor, principalmente seus amigos, por quem nutre imenso senso de dever, amizade e respeito.

Ironicamente, Vaelin, mesmo desprovido de qualquer traço de humor, é um personagem também extremamente simpático e pelo qual é muito, muito fácil ser cativado. Não são poucos os momentos da narrativa de A Canção do Sangue em que nos importamos tanto com o personagem e com o que pode vir a seguir na trama que o enreda que a leitura flui numa velocidade espantosa.

Não só pela boa aventura, mas pelo destino que aguarda Vaelin e seus amigos, há horas que é dificílimo largar o livro para cuidar de outras coisas. Claro, o fator que mais determina isso é a capacidade narrativa de Ryan, seu texto é fluído e sua prosa elegante nos enreda com extrema facilidade.

Apesar de não se aprofundar muito em descrever cenários e nem em dar ao ambiente aspectos que reflitam o subjetivo de sua trama, ainda assim é fácil mergulhar no mundo de A Canção do Sangue, pois o cotidiano da crônica de Vaelin é muito rico em situações que o aspecto físico, climático e geográfico acaba se diluindo nas conversas e situações que nos são contadas.

A canção do sangue | Fé, Religião e Magia e os conceitos de um mundo fantástico

Assim como Vaelin é um personagem complexo e subjetivo, mas evidentemente contido na superfície, as magia e aspectos ligados a ela dentro de A Canção do Sangue seguem o mesmo princípio dessa dualidade entre a complexidade do conceito e a objetividade simples de sua aplicação dentro da obra como um todo. Ryan é funcionalista nesse sentido.

O autor descreve o necessário do conceito para que possamos entendê-lo e apreciar sua utilização na obra. É algo simples e funcional, por isso mesmo interessantíssimo. Há as Trevas, nela há mistérios e é possível explorá-los para o bem ou para o mal, pela perspectiva da Fé e de suas seis ordens, qualquer um que toque as trevas ou que seja tocado por elas está indo contra a Fé.

Apesar do nome denotar algo obscuro, as Trevas podem também trazer o bem na forma de talentos diversos como cura, forja, sensitividade entre outros.

A sede da Sexta Ordem, por MartinGillArt (martingillart.deviantart.com/art/The-Sixth-Order-425089221)

Esquece bolas de energia sendo cuspidas a torto e a direito, esqueça raios e relâmpagos jorrando da ponta dos dedos de algum personagem, nada de cajados mágicos… O negócio aqui é em outro nível e, a meu ver, num nível de polidez muito elegante em sua simplicidade e discrição. Nada de shows pirotécnicos a cada espirro por aqui.

Vaelin Al Sorna tem um dom, um muito especial que o guiou em muitos de seus testes, que ampliou seus sentidos em ocasiões pontuais e até mesmo salvou sua vida: a canção do sangue soa em sua mente, o alerta, fala com ele, o orienta até mesmo quando ainda era apenas uma criança tentando sobreviver nos primeiros testes da Sexta Ordem.

Esse dom, essa canção misteriosa que ecoa em sua mente, Vaelin desconfia ser um dom das Trevas, por isso mesmo seu grande segredo, mas apenas um no meio de muitos que o guerreiro precisou guardar em sua jornada.

O domínio das Trevas e dos aspectos “mágicos” do mundo criado por Ryan são bem pontuais, não é qualquer um que tem esse domínio e as poucas vezes em que essa “magia” é utilizada, nos dá a nítida certeza de que as fronteiras entre o sobrenatural e a Magia no mundo de A Canção de Sangue é inexistente.

Morte, Trevas, Magia, dons extraordinários, premonições, possessões e outros conceitos são intimamente atrelados e conectados com a Fé e os Finados, entretanto a prudência na utilização desses dons é sempre oculta, às escondidas pelo medo de que essa prática seja confundida com a negação da Fé nos Finados, ou a simples e pura prática de magia negra para o mal.

A linha é tênue e isso enriquece muito os dilemas, dualidades e conflitos existentes nas motivações dos personagens e na trama geral; sobretudo em Vaelin que, possuidor de um grande dom, se vê em constante conflito em seu íntimo e com sua Ordem.

A canção do sangue | Vaelin Al Sorna, protagonista de um épico

A Canção do Sangue é um livro misto entre a jornada do herói, do indivíduo, com a jornada do coletivo. Contado como uma grande crônica pelo próprio Vaelin para seu acompanhante de viagem, a história do livro vai de momentos extremamente intimistas até grandes batalhas decisivas nos rumos do Reino Unificado.

Vaelin está sempre com seus irmãos da Sexta Ordem com quem divide não só os árduos treinamentos ao longo dos anos, mas também as angustias da infância, adolescência e vida adulta destinada ao treino incessante, ao combate sangrento e ao domínio quase perfeito de diversas armas.

É ao lado desses irmãos que Vaelin se expande e se desdobra como personagem e sua narrativa ganha novos contornos moldados pela presença desses outros jovens guerreiros; mas não só deles, Al Sorna também passou muito tempo na companhia de seus mestres para dominar a espada, o arco, a forja, a cavalgada e diversas formas de combate físico.

Entre seus mestres, o mestre das espadas Sollis é um dos mais influentes para o protagonista, já que é a espada a arma que Vaelin tem amplo domínio. Sollis é responsável pela maior parte dos treinos dentro das dependências da ordem e tem grande apreço por Vaelin, por isso mesmo exige e cobra do jovem a liderança e responsabilidade pela condução de seus irmãos da ordem.

Por vezes na leitura sentimos a falta de que alguns mestres e os amigos de Vaelin sejam mais aprofundados, Ryan parece econômico em desenvolvê-los para além dos nomes, habilidades gerais e algumas memórias de seus respectivos passados. Mas há o suficiente para nos acostumarmos com eles e suas contribuições para Al Sorna e sua jornada.

Anthony Ryan, autor de “A Canção do Sangue”

Além dos irmãos de sua ordem, Vaelin também encontra e cria laços de amizade com irmãos de outras ordens com os quais precisa realizar missões ou atividades como parte de seu aprendizado.

A Família real também exerce grande influência na jornada de Vaelin, sobre tudo o poderoso e manipulador Rei Janus, cujas maquinações e planos enredaram Vaelin por um caminho perigoso de tramóias, jogos militares e interesses escusos.

As maquinações do Rei Janus só encontram rivalidade nas de sua sua bela e igualmente manipuladora filha, a princesa Lyrna, figura que Al Sorna não sabe se é uma grande inimiga ou uma valorosa aliada.

Ao longo das muitas batalhas de porte variado que Vaelin percorre, outros tantos personagens entre aliados e adversários vão surgindo pelos capítulos de A Canção do Sangue e aqui vale frisar a maneira extremamente interessante como Ryan cria seus muito capítulos, dando-nos por vezes a impressão de que um ou outro fato, um ou outro personagem apareceram apenas naquela situação e tiveram seu papel cumprido.

Porém adiante temos outras situações em que tudo começa a se conectar e a montar um quebra-cabeças amplo, complexo e coeso em si mesmo. Não faltarão surpresas sendo reveladas ao longo da leitura.

A impressão de “grande colcha de retalhos” que a obra dá de modo geral, ao menos nos primeiros capítulos, vai se delineando em uma narrativa edificada para realmente ser a épica jornada de Al Sorna e dos que passaram por sua vida.

Ryan constrói pacientemente seu personagem e sua história, nos dando seu ponto de vista, sua tomada de decisões, a importância de amigos, aliados e até mesmo dos inimigos.

Apesar de ser uma obra essencialmente pertencente ao gênero de Fantasia, A Canção do Sangue se desvia do padrão de reino mágico, dragões, magos poderosíssimos, semi-deuses, anões e elfos. No entanto não deixa de ser uma Fantasia de porte e qualidade acima da média, dando sua direção muito bem delineada entre a tênue fronteira dos subgêneros de “Capa-Espada” e “Espada e Feitiçaria”.

Não por acaso há inúmeros momentos que tanto as atitudes como a postura de Al Sorna ao longo de várias situações do livro me remeteram diretamente ao Conan de Robert E. Howard. Al Sorna só difere mesmo em porte físico, claro, o irmão da sexta ordem não é um imenso homem, apesar de alto, ele é sempre descrito como esguio.

Mas o que comparo entre esses dois personagens é mesmo algumas de suas posturas e ações, bem como a exímia habilidade de definir combates com extrema eficiência e velocidade.

Claro, também alguns aspectos dos mundos de ambos me pareceram muito similares, obviamente pela parte “Espada e Feitiçaria” a qual ambos estão intimamente ligados, gênero no qual, diga-se, Conan é um grande referencial histórico.

Ademais o que o leitor encontra aqui é uma obra muito bonita, uma construção mista de “jornada do herói” com as estruturas do “romance de formação“, dois aspectos típicos de livros focados no “eu”, na descoberta do indivíduo sobre si mesmo e diante de seus coadjuvantes e antagonistas.

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Há aqui vários elementos que tem tudo para agradar tanto os fãs de “high fantasy” quanto aos leitores de histórias mais elaboradas nos aspectos de construção narrativa com bons diálogos, boa trama, conspirações, segredos e manipulações típicas de grandes reinos.

Anthony Ryan deixa as portas abertas para que o leitor também embarque nos demais livros da saga que formam uma trilogia (O senhor da torre vol. 2; A rainha do fogo vol. 3, todos disponíveis no catálogo da editora Leya).

Então, não demoraremos muito a cruzar os caminhos do Reino Unificado uma segunda e uma terceira vez. 

Sobre o autor | Anthony Ryan

Anthony Ryan nasceu na Escócia em 1970, mas passou grande parte da vida adulta em Londres. A canção do sangue, primeiro volume da série “A Sombra do Corvo”, foi publicado inicialmente de maneira independente, em e-book, mas por conta de seu enorme sucesso ganhou duas continuações – e os direitos da trilogia já foram vendidos para mais de 15 países.

A canção do sangue – A Sombra do Corvo Vol. 1 | Sinopse e Ficha técnica

Quando Vaelin Al Sorna, um garoto de apenas 10 anos de idade, é deixado por seu pai na Casa da Sexta Ordem, ele é informado de que sua única família agora é a Ordem.

Durante vários anos ele é treinado de forma brutal e austera, além de ser condicionado a uma vida perigosa e celibatária. Mesmo assim, Vaelin resiste e torna-se líder entre seus Irmãos.

Ao longo de sua jornada, ele descobrirá de quem foi o verdadeiro desejo para que ele fosse entregue à Ordem – o objetivo sempre foi protegê-lo, mas ele não tem ideia do quê. Aos poucos, indícios de uma esquecida Sétima Ordem e questões acerca das ações do Rei Janus fazem Vaelin Al Sorna questionar sua lealdade.

Destinado a um futuro grandioso, ele ainda tem que compreender em quem confiar. Neste primeiro volume da trilogia “A Sombra do Corvo”, Anthony Ryan estreia de maneira promissora com uma aventura repleta de ação.

    • Título: A canção do sangue – “A Sombra do Corvo”, volume 1
    • ISBN: 978-85-441-0366-1
    • Formato: 16 x 23 cm
    • Número de páginas: 640
    • Ano de lançamento: 2016
    • Tradução: Gabriel Oliva Brum
    • Gênero: fantasia épica
    • Palavras-chave: fantasia; Anthony Ryan
    • Livros relacionados: O senhor da torre (vol. 2); A rainha do fogo (vol. 3)

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A canção do sangue – “A Sombra do Corvo”, volume 1
  • 10/10
    PREMISSA: - 10/10
  • 10/10
    DESENVOLVIMENTO: - 10/10
  • 9.5/10
    CONTEXTUALIZAÇÃO: - 9.5/10
  • 9/10
    PERSONAGENS: - 9/10
  • 10/10
    PROCESSO NARRATIVO/ NARRATIVIDADE: - 10/10
  • 10/10
    CONCLUSÃO/ DESFECHO: - 10/10
9.8/10

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Designer de produtos e gráfico, mestre em comunicação, professor.

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