Nova edição de Fogo Morto traz texto de apoio escrito
pelo sociólogo Gilberto Freyre
Livro completa o ciclo da cana de açúcar, retratada a partir de cinco obras, que são Menino de Engenho, Doidinho, Banguê, Usina e, por fim, Fogo Morto
Originalmente publicado no jornal impresso Diário de Pernambuco, em 1944, o artigo opinativo de Gilberto Freyre ressalta a veracidade dramática, densidade dos fatos e hibridez entre ficção e romance que há em Fogo Morto, escrito por José Lins do Rego.
A atual 82ª edição também inclui a opinião de Mário de Andrade, que destaca a importância da obra para a literatura brasileira, e já está em pré-venda pela Global Editora.
Tais ressalvas do polímata e um dos sociólogos mais importantes do Brasil, fazem com que o leitor compreenda que o livro não é feito apenas de belas palavras, mas sim de um enredo forte e impuro e de modo intencional, já que o autor é um memorista do nordeste.
Além disso, o texto também ressalta que a narrativa não é pura ficção, pois suas palavras são semelhantes a crônicas, história social e folclore.
Sobre a obra em si, é importante ressaltar que ela é dividida em três partes, cada uma dedicada a personagem específico, que são descritas sob a perspectiva dos sertanejos: José Amaro, o mestre seleiro que habita as terras pertencentes a ‘seu’ Lula, figura autoritária e protagonista da segunda parte do livro.
Como terceiro e último segmento, conhecemos Vitorino Carneiro de Cunha, que em Fogo Morto é retratado como um homem sem recursos financeiros, perambulando a cavalo, mas que tenta enfrentar as dificuldades e injustiças à sua volta.
O livro encerra o “ciclo da cana-de-açúcar”, uma série iniciada pelo escritor paraibano a partir do romance Menino de Engenho e Doidinho, que foram relançados pela Global. Contudo, as histórias de Banguê e Usina ganharão reedições em 2020 pela Editora.
Fogo Morto | Sobre o autor
José Lins do Rego nasceu em 03 de junho de 1901, na cidade de Pilar, localizada no estado da Paraíba. Publicou seu primeiro livro em 1932, “Menino do Engenho”, o qual foi considerado o seu passaporte de entrada para a história do moderno romance brasileiro. O escritor paraibano também foi contista, cronista, tradutor e jornalista, pois contribuiu ao longo de sua trajetória em vários periódicos nacionais.
Já no Rio de Janeiro, mas ainda a Paraíba, o autor deu início ao chamado Ciclo da Cana-de-Açúcar, uma série de cinco romances que retratam a decadência do engenho açucareiro nordestino.
Em 1943 lançou Fogo Morto, que foi considerado a sua obra-prima. Já em 1956, um ano antes de sua morte, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), um título de grande importância.
Fogo Morto | Ficha Técnica
- Título: Fogo Morto
- ISBN: 978-65-5612-075-1
- Autor: José Lins do Rego
- Número da edição: 82ª
- Número de páginas: 392
- Formato: 14 X 21 cm
- Valor: R$ 59,90
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Sobre o Autor
Designer de produtos e gráfico, mestre em comunicação, professor.